Tão sensível. Tão forte. Tão pequena. Tão grande. Tão irônica. Tão carinhosa. Tão bipolar. Tão frágil. Tão ciumenta. Tão eu.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
A sua partida.
Me reviro na cama. Sinto seu cheiro. Posso até sentir você. Acordo, assustada. E é aí que eu percebo que estava sonhando. Com você, de novo. Me sento na cama e a única coisa que eu vejo é a sua camisa, que eu estou vestindo. A única coisa que sobrou de você. A única coisa que eu consegui tirar daquela sua mala enorme que você fez naquela noite. Bateu a porta, sumiu na escuridão. Gritei. Você não me ouviu. Ou talvez, tenha até ouvido, mas não olhou para trás. Não quis me ver. Na verdade, até eu não conseguiria olhar para trás se estivesse no seu lugar. Não conseguiria olhar com medo de querer voltar. Querer voltar para você. Mas não era eu quem estava partindo. E até hoje, me pergunto em vão por que você se foi naquela noite. Faço milhões de perguntas e não obtenho respostas. Sei que se pudesse voltaria naquela noite, arrumaria tempo pra te perguntar a razão, o motivo. Mas adiantaria alguma coisa? Será mesmo que adiantaria? Valeria a pena? Não. Não por você. Eu tentei continuar. Por mim. Por você, por nós. Sei que quem deveria ter batido a porta fui eu, mas eu percebi isso tarde demais. E sofri sem você. Sofri por você, sofri por nós. Hoje, rasguei sua camisa. Ateei fogo nela, junto com as cartas e as nossas fotos que eu não deixei você levar naquela noite. Tomei um banho, e lavei a alma. Tirei você de mim. Olhei no espelho, e vi, que desperdicei todo meu tempo achando que tinha perdido tudo quando você se foi. Mas não, eu ganhei. Eu inovei. Eu me respeitei. Me valorizei. E acima de tudo, eu aprendi a ME amar. Antes de amar qualquer outra pessoa.
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