Tão sensível. Tão forte. Tão pequena. Tão grande. Tão irônica. Tão carinhosa. Tão bipolar. Tão frágil. Tão ciumenta. Tão eu.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Certas coisas te acompanham para o resto da vida...
Eu me lembro como se fosse ontem, a última vez que nos vimos. Você estava lindo. Como sempre. Aquela camisa que te vestia maravilhosamente bem e aquela sua bermuda de cartas que eu amava. O cabelo delicadamente despenteado e aquele sorriso que sempre me tirava o fôlego. Era final de tarde, e fim de ano. A gente se encontrou, assim, parecia coisa do destino. Nada combinado. Foi apenas aquela longa troca de olhares e a vontade de estar um nos braços do outro depois de tanto tempo. Você veio parecendo um príncipe em minha direção. Sem cavalo branco, mas um príncipe. O meu príncipe. Você veio, e nos beijamos. Eu sei, eu deveria ter sentido o antigo cala frio, e aquelas borboletas no estômago. Mas não foi isso. Pela primeira vez, não foi isso que eu senti. Onde estava a mágica? A nossa magia? O conto de fadas? Eu não sei. Foi uma confusão e tanto. Você ali tão lindo. Mas eu não estava me importando. Eu não liguei. Eu não te queria. Não queria seus beijos e carinhos. E foi ali, nos seus braços que eu percebi, que o encanto estava quebrado. Eu não te amava mais. Ou talvez, amasse, sim. Mas não como antes. Ficamos ali por um tempo. Muito tempo. Mas só em corpo. Minha mente não estava ali. Estava lá longe. Rodando... De vez em quando, eu voltava para aquele lugar, para nós e tentava sentir você. Tentava reencontrar a nossa magia, mas não. Não, ela não estava mais ali. Eu não estava. Meu coração não estava ali. Enfim, fui embora. Aí, eu lembrei. Lembrei de tudo que você fez. Eu tive uma recaída. Mas não deveria. Passou um filme na minha cabeça, e mais uma vez eu chorei. Chorei por você. Chorei pelo nossos momentos bons. Pelos ruins. Pela sua doçura. Chorei por ter te amado. Chorei por estar deixando de te amar. Naquela noite, eu fiz uma promessa. Eu prometi a mim mesma que aquele ano acabaria junto com o meu amor por você. Aquela seria a última vez que nos veríamos. E foi. Hoje, faz um ano. Um ano do nosso último beijo. E a última vez que ouvi sua voz. E sabe? Não me arrependo. Não sei se ainda te amo. Às vezes sim, às vezes não. É um sentimento abstrato. Não consigo defini-lo. Mas eu sei de uma coisa. Não quero mais você, não quero mais nós. Mas é estranho sabe? Sinto sua falta, às vezes. Não com tanta frequência, mas sinto. E sinceramente, não queria esse fim pra nós. Mas não quero outro começo. Só quero continuar assim, sabe? Eu me acostumei com o nosso fim. E essa saudade, me faz bem. A sensação de que fui amada com a mesma intensidade em que te amei, é boa. Mas agora, meu coração está aberto. Minha mente está livre. Quero novos amores e novos começos. De preferência, com finais felizes. Eu tento esquecer. Mas eu sei e você também sabe. Primeiro amor a gente nunca esquece. O tempo passa. Você ama outras pessoas. Você amadurece, cresce, sofre, vive. Mas sua cabeça sempre volta naquela noite. As lembranças vagam e você sente saudade. Mas não quer o passado. Não mais. Encontra outro amor. E o ama com mais intensidade. Tem a certeza de que ele é O cara certo. O seu verdadeiro príncipe. Mas, ah! Ah, aquele primeiro amor. Aquele que fez seu coração bater mais forte desde que o viu. Aquele, você nunca vai esquecer. Nunca.
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