quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sozinha e só.

Já temi muito a solidão. Eu já quis tudo nessa vida, menos ser sozinha. O mundo deu voltas e hoje, a solidão é a minha melhor companheira. A vida dá dessas às vezes. No começo eu não compreendi muito bem como eu poderia viver feliz sendo assim, solitária, mas depois de diversas vezes dialogar com as estrelas encontrei sentido em acordar, e o lado esquerdo da cama estar vazio. Tardei, mas finalmente percebi que estar sozinha não é de todo ruim, é apenas o tempo que tenho para aperfeiçoar meus próprios sentimentos. Minha solidão não resultou através de decepções ou excesso de confiança depositada em pessoas erradas, foram as minhas escolhas. Minha necessidade em encontrar entre mil e uma possibilidades, a oportunidade correta em poder conhecer a mim mesma e me aceitar como eu sou. Me perguntei, por diversas vezes: De que adianta ter alguém e se sentir vazia? De que adianta ter alguém e querer estar sozinha? Optei então, pela solidão por si só. Se for pra ter alguém, que seja alguém que me queira de volta. Amar sozinha gera fadiga. Quando menos se espera a vida passa, se arrasta, se perde e eu não quero olhar para trás e me ver numa tentativa falha em busca de alguém que preencha o vazio, que às vezes, me vejo estar. Esse vazio logo estará cheio até a borda, jorrando alegria que a vida há de me dar. A solidão tem gosto de café amargo, e ao experimenta-lo todas as manhãs em jejum, aprendi a aprecia-lo. Estar só, não se deve ao fato de ser problemático o suficiente para não conseguir equilibrar um relacionamento a dois. Estar só simplesmente é aprender a admirar o próprio silêncio antes de aturar o do outro. Se não consigo lidar com meus próprios medos, como posso apaziguar a insegurança de quem está comigo? Tem dias em que me pego pela mão e saio por aí, sentindo a brisa forte chicotear meus pensamentos. Sinto o vento trazer para perto, a satisfação de estar sozinha e me sentir completa. Bato os pés com força numa poça de água e vejo no meu reflexo, a melhor companhia que eu poderia ter: A minha própria alma.


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