Eu comecei tudo entre a gente com uma carta. A primeira carta que te escrevi, eu disse que não importava o que aconteceria entre a gente no futuro, eu jamais me arrependeria de ter te beijado naquele sábado, na sua cama. Eu falhei com minha promessa, pois no dia em que você me contou que estava gostando de outra pessoa, vendei meus olhos e tapei meus ouvidos, não querendo acreditar que aquilo estava acontecendo comigo, e com um turbilhão de sentimentos dentro de mim, eu te disse com todas as letras que me arrependia de ter lhe beijado e que se pudesse voltar atrás, jamais o teria feito. Eu menti. E minto para mim mesma todos os dias, quando tento me certificar de que fiz uma burrada quando te disse sim na sala do cinema. Eu menti. Não me arrependo de ter lhe beijado, não me arrependo em ter dito sim pra você. Eu só estou... Conformada. Com o nosso fim. Achei que te esnobando e negando sua existência, diminuiria a dor que me causou. Me enganei, pois o silencio que se estende sobre nós quando estamos juntos, me tortura. Li num livro que quando perdemos alguém que amamos, passamos por 5 estágios: A negação, a raiva, barganha, depressão e aceitação. Finalmente cheguei na "aceitação". Aceito sua decisão e a respeito. Aceitei e percebi que hoje, não somos nada, além de ex namorados. Percebi que quando penso em nós, há algo que zelo com carinho: Lembrar da nossa amizade. Percebi que há um sentimento novo: O de compreensão. Percebi que ha somente um arrependimento: Não ter compreendido sua mudança. Há em mim, um sentimento onde preciso mostrar que não te odeio mais. E que essa é uma oferta de paz. Quero esquecer as vezes que nos magoamos, quero deixar tudo lá trás. Entenda bem, isso não é um pedido de desculpas, nem um pedido de um recomeço, só é a minha aceitação.Só é o peso que tiro dos meus ombros. Só é o rancor que se transforma em experiência. E minha forma de dizer obrigada. Suas escolhas me fizeram alguém melhor.
Tão sensível. Tão forte. Tão pequena. Tão grande. Tão irônica. Tão carinhosa. Tão bipolar. Tão frágil. Tão ciumenta. Tão eu.
domingo, 17 de agosto de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Desatino.
Eu gostaria que você estivesse lendo isso agora. Eu gostaria que você estivesse lendo isso agora para saber que sempre penso em você. Eu gostaria que você soubesse que tudo que penso sobre você, não passam de mentiras. Mentiras que me escapam para não deixar transparecer que ouvir sua voz, me balança por completo. Mentiras que conto quando tento disfarçar que ainda sinto sua falta. Falta da sua gargalhada, e dos seus olhos cor de jabuticaba. Ainda sinto falta das suas mãos procurando as minhas embaixo da mesa, e do seu jeito de me bajular mesmo eu ainda estando zangada. Eu só queria que você soubesse que não me arrependo de ter dito sim pra você. Porque embora amar você tenha ido contra todos os meus princípios, ainda foi a melhor coisa que fiz. Que fizemos juntos. E tudo que fizemos juntos, me fez bem. Eu gostaria que você soubesse que no lugar onde só existia amor, hoje há saudade. Não há rancor, não há ódio. Não há vontade de voltar atrás. Não há desejo de viver de novo. Só há saudade. E vontade de rir juntos. E decepção pelo destino ter pregado essa peça. Essa peça em nos unir e desunir, assim, do nada. Mas o destino age da forma que ele decide, e não cabe a nós intrigarmos-o. De toda a nossa vida juntos, eu resgatei a experiência, e a confissão de que estar com você, me fez um bem danado. E ainda faz, mesmo de longe. Porque o amor é lindo. Ele sempre será lindo. Se deu certo ou não, o amor prevalece. Eu te deixei ir, porque é assim que deveria ser. Nós somos melhores assim, distantes. Mas hoje, eu gostaria que você estivesse lendo isso. Eu gostaria que você estivesse lendo isso agora para saber que apesar de tudo que vivemos juntos, você ainda vive em mim.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Apenas pare.
Todas as vezes em que te olho de canto, percebo que você também está me olhando. Certa vez, ouvi uma frase que dizia assim: "A melhor sensação do mundo é quando você vai olhar para alguém e esse alguém já está olhando para você." Eu concordava com isso, até o nosso fim. Quando te olho, apesar de desviar meu olhar, eu consigo te enxergar através dos seus olhos. Eu sempre soube enxergar sua alma, mesmo quando muitas vezes eu só enxerguei mentiras e vazio. Seus olhos sempre te entregaram, eles nunca mentiram. Hoje quando vejo além de seus olhos, vejo alguém que não reconheço. Alguém muito distante da pessoa que você foi. Não encontro mais em seus olhos, vestígios de nós e do nosso antigo amor. Ou quase amor. Ou quem sabe, nunca foi amor. Não importa. Realmente não importa qual definição daríamos para aquilo que nos uniu. Eu só peço que pare. Pare, porque qualquer que seja o motivo, eu me pego sempre olhando para você. Embora talvez, eu não queira dizer exatamente para que você pare.Talvez, eu só queira continuar fingindo que não te vejo me olhando. Está tudo confuso, não é? A verdade é que sempre me pego pensando em você, também. E pensando naqueles olhos, aqueles pelos quais eu fui perdidamente apaixonada... E talvez eu ainda seja. Apenas talvez.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Estranhos.
É estranho como em um dia estávamos tão bem, apaixonados um pelo outro, rindo de nós mesmos. E hoje estamos assim, sozinhos. Olhe só para nós, nós nem nos olhamos mais. Nada sobrou de "nós" depois que você foi embora. Nem as lembranças, pois as joguei no fundo do oceano na viagem que eu fiz, sozinha. O que não me surpreendeu pois eu sempre soube que você detestava praia. Mas eu não me importaria em ir sozinha se soubesse que você estaria me esperando para quando eu voltasse. Não me importaria em caminhar sozinha sobre a areia, se soubesse que você estaria aqui, para que caminhássemos juntos sobre a vida. Mas você preferiu caminhar sozinho, e suas pegadas ficaram aqui, marcando meu coração que um dia foi seu. Quando eu cheguei a única coisa que encontrei foi a casa vazia. Mas o vazio não me importa porque já me acostumei com ele. Tudo é vazio sem você. Aonde antes você estava, agora há um buraco que ninguém preenche...
Assinar:
Postagens (Atom)